Quando nós iniciamos a nossa iniciação cristã, para os mais idosos, a nossa preparação para a primeira comunhão, uma das primeiras verdades que nossos catequistas nos passaram, foi a paternidade divina. Deus é nosso pai. Ele nos chamou do nada à existência, ele cuida de nós, ele é nossa segurança, ele é o rochedo que nos salva. De uma forma didática, nós acabamos por entender que Deus é para toda a humanidade o que nosso pai é para cada um de nós. Como entender que Deus é nosso pai a não ser da figura concreta do homem que nos gerou? Por isso, a partir da figura paterna que cada um tem no coração e na memória, começamos a entender quem é Deus. Mas nós crescemos, e nossa compreensão de Deus se inverte. Como crianças entendemos que Deus é Pai como o nosso pai. Adultos, porém, entendemos que o que chamamos de pai neste mundo deve ser pai como Deus é pai.
Ao entender a criança que Deus é pai como seu pai na terra, a responsabilidade de quem gera um filho cresce demais. Porque a figura de Deus no coração da Igreja vai ser marcada pelo que ele experimenta com seu pai na terra. Se o pai é distante, Deus é distante. Se o pai é violento, Deus é violento, se o pai não se comunica com os filhos, Deus é incomunicável. Ao contrário, se o pai é amoroso, protetor, defensor, é segurança, é amigo, é companheiro, Deus é tudo isso.
Mas o homem cresce, reflete, contempla Deus e aos poucos vai aprendendo que tem que ser para o seu filho o que Deus, pai dos pais é para a humanidade. Deus não faz distinção entre seus filhos, Deus conhece cada um de seus filhos, Deus bondade, é segurança, é força, é coragem, e o pai tem da terra tem que se espelhar em Deus.
Então a criança vê seu pai,, relaciona-se com ele, tem lindas e boas experiências vai entender que Deus é como seu pai. E quando a criança bem formada se torna adulta e gera um filho, tem como ideal ser pai como Deus é pai.
Fica então uma pergunta para os pais: você, pai, está ajudando seu filho a ter uma bonita ideia de Deus a partir de suas palavras, atitudes e condutas? E você, pai, está contemplando e pedindo a Deus a graça de ser um bom pai?
Neste domingo celebramos o Dia dos Pais. Não importam as razões que motivam esta comemoração. Importa e muito que os filhos homenageiem seus pais. Importam que todo homem que participou do poder criador de Deus e gerou uma nova vida, cresça na compreensão da grandeza, da dignidade e da responsabilidade de ser pai. E que a família aproveite o Dia dos Pais, para se reunir e fazer festa.
Fica aqui então o abraço a todos os pais, abraço filial. Nem todos somos pais, mas todos somos filhos. Que Deus, o Pai dos Pais ensine o homem a ser pai. Que Deus, o Pai dos pais, seja modelo para todos os pais e os ajudem a cumprir sua missão.
Uma graça das mais importantes a suplicar a Deus pelos nossos pais é que um dia, lá na frente, todos possam dizer: “Meu pai foi um presente de Deus para mim. Meu pai foi meu herói. Meu pai fez de mim um homem de bem. Obrigado, Pai do céu, pelo meu pai na terra. Feliz Dia dos Pais a todos.
Padre Cido Pereira
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